Não, não se trata do One Direction que carinhosamente é apelidado pelas fãs de 1D. Vem comigo que logo vocês entenderão. (mas se você chegou ate aqui achando que era um post sobre eles, pra não perder viagem, deixo aqui o link da música deles que eu acho bonitinha).

Não sou mais viajante e aventureira por falta de verba, mas sempre que po$$ível dou minhas escapadas. Ainda mais agora morando longe da família, qualquer graninha que não sobra já tem destino certo: matar a saudade.

Minha penúltima viagem foi solo e to devendo o capítulo final dela pra vocês *shame on me* e a última foi agora no feriado do dia 1 de Maio onde fui pra São Paulo rever a família.

A viagem Criciúma-São Paulo foi de avião (Azul, te amo!) e graças a nossa querida Copa do Mundo os preços estão bem salgados até o final de Julho, mas mesmo assim pelo conforto e praticidade vale a pena pagar um pouco mais e trocar as 17h de ônibus comum por 1h40 de avião.

Especificações técnicas a parte, o que me levou a escrever é que eu sempre viajo na janela e de preferência na asa do lado direito. Por que? Não sei, mas sei que acostumei.

azul linhas aereas ceu ale koga
Foto sem filtro tirada por euzinha! :]

Mas dessa vez foi diferente. Em uma conversa poucos minutos antes de embarcar resolvi sair da asa e o atendente me sugeriu a 1D. Primeira poltrona, mais espaço para as pernas (não que eu precise), mais perto da porta de saída…. Enfim, topei. E mal sabia que seria um prenúncio das consequências de mudanças de padrão e comportamento que estavam por vir.

O vôo, do ponto de vista dos profissionais, foi tranquilo, mas pra mim foi tenso. Provavelmente as condições climáticas não estavam favoráveis, mas no meu mundo as turbulências eram por causa da minha mudança. Como um castigo por eu ter traído o “movimento da asa”.

Já com os pés firmes no chão, corri pra casa pra matar a saudade e também firme no meu propósito de viagem: ficar o máximo de tempo possível com a minha família, fazendo as tarefas do cotidiano que tanto sinto falta. E se no meio tempo rolasse de encontrar os amigos, ótimo!

É sempre muito difícil pra mim conseguir fazer as coisas que EU quero e no MEU tempo, pois sempre acabo cedendo a um ou outro apelo e acabo me sacrificando em prol da causa alheia. E o fato de eu ter sido firme no meu propósito nesses 4 dias de viagem me fizeram pensar o quanto a maioria não entende isso e ainda classifica a situação de maneira negativa e egoísta.

Estou em uma fase prática, onde não aceito mais joguinhos, indiretas, mimimi e coisas do tipo. Tem que ser papo reto, leve e fácil de lidar. Se for complicado, cheio de entrelinhas e pormenores, to fora! E ali, no meio do jogo de cintura, me deparei com algumas situações onde a intimidade foi colocada como parâmetro de amizade.

Pra que isso, gente? Cade sinceridade, honestidade, espontaneidade, identidade, maturidade e outras “idades”? As medidas e os sentimentos não mudam se o encontro não dá certo. Não deveriam, na verdade, mas em algumas realidades mudam.

E a minha analogia com a mudança da 9D pra 1D é que em ambas situações eu mudei um padrão de comportamento que trago comigo a tempos e que por muitas vezes não me beneficiava e também não me tocava em mudar pra tornar melhor pra mim.

Voltei renovada, cheia de vida, confiança, saudade, zero culpa e com a certeza de que se eu não fizer as coisas por mim, ninguém vai fazer porque  tá todo mundo ocupado tentando fazer o mundo se adaptar a um padrão que talvez já esteja com o prazo de validade vencido.

O #forever31 está me trazendo novas direções. E começou com a 1D :]